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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Perdido no Tempo Vazio VIII

Olhou para o carro pela enésima vez á procura de algum sinal de acidente alguma marca deixada pelo outro carro, nada, o carro estava limpo como se alguém o tivesse lavado imaculadamente, a cada instante perguntava-se como era possível que o seu carro estivesse tão limpo tanto por fora como por dentro, sem a mais pequena marca da enorme chuvada que tinha apanhado, sem a mais pequena mostra de lama, ele tinha bem presente na memória ter passado por uma enorme poça lamacenta, mas nada. Quem se teria dado ao trabalho de lavar o seu carro, o que é que se passava naquela povoação tão desconhecida para ele e onde parecia ser tão conhecido e respeitado, o que é que se passava como ele que estava a milhares de quilómetros daquele lugar, era capaz de jurar a pés juntos que nunca vira aquela terra nem num mapa, e de repente para além de ali ter ido parar, todos pareciam conhece-lo, de certeza que o confundiam com alguém extremamente parecido com ele.

Foi ao café para ter a certeza de que não o conheciam, mal pos um pe dentro do estabelecimento e já a dona estava a por um café na ponta do balcão e ele como se fosse telemovido dirigiu-se ao balcão pegou na chávena agradeceu com um aceno de cabeça cumprimentou um homem que estava a olha-lo. Não há situação mais estranha, onde estaria ele que todos aparentemente o conheciam?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Asas X

As asas caiem a direito sobre o corpo a tua postura é a de um cão perdido no escuro das noites passadas no relento dos dias que não te querem ver e as pessoas que piadosamente te olham não sabem porque podes estar a sofrer ou do que é que sofres mas tambem não querem saber não lhes causas nenhum efeito que não seja o de nojo
As asas presas ao corpo não podem sair não te opdem abandonar os olhos pregados ao chão não refletem o ódio que trazes dentro de ti, trespassas os outros com esse olhar que não larga as pedras da calçada que fica suja à tua passagem, o cheiro intenso a podridão e a morte é nefasto a todos os que circulam perto de ti e que são obrigados a atravessar a rua para não se cruzarem contigo, quem te vê ao longe não te quer por perto e prefere passar de largo
Caido no chão da cidade que te viu nascer, procuras saber quem és e o que te aconteceu, talvez nunca mais saias desse estorpor, talvez envelheças assim, talvez recuperes aquilo que não sabes que já foste, se é que alguma vez tiveste outra aparência, essas asas negras que te caiem das costas são quem te sustentam na vida, deitas-te no chão escondes uma lágrima solitária que se desprendeu e quer rolar pela face, que lágrima é essa que pode dar azo a uma torrente há que esconde-la, não podes ser visto com lágrimas, o chão perto da cara abafa esse ruido apaga essa loucura, o chão é teu único companheiro, para além daquela puta que te acolhe no seu seio e te beija as frontes e contigo se deita na loucura de amor que não entende, ela que quanto te deixa para ganhar a vida rudemente tratada por outros homens que não têm asas mas que são como tu, te deixa perdido nessas ruas sem destino
O estomago vazio dos dias sem comer, a garganta seca das noites sem dormir, os ossos cansados de suportar o peso das asas que te pendem nas costas, as mãos de unhas que parecem, são, garras, a roupa suja e mal cheirosa, a tua figura cada dia mais deformada, aterroriza quem te vê tu proprio não te suportas e deitas no chão esse corpo e deixas que morra essa vontade de levenr«tar e seguir andando para lado nenhum, perdeste a noção dos dias dos anos de qume és ou de onde és, rasgas os dias nas noites de frio ou de calor sem sentido de viver.
Olha ao teu redor, procura esse seio que te acolhe todas as noites e te leva para casa, seja lá isso o que for, perdes a vista no confim do horizonte sem encontrares aquela mão amiga que te protege, passam por ti cheiros de outas mulheres, olhares de desdém de outros homens, a noite virá breve e tu se não encontrares a tua puta partirás pela noite e a morte seguirá os teus passos e colherá vidas que te odeiam, mas que em surdina te elegem seu protector, pena não saberem quem és tu, talvez se o soubessem não te olhassem com tanto desprezo. Deixas apenas o cheiro no ar a

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Asas IX

Há quanto tempo que não te via, tenho andado perdido por outras terras distantes do nevoeiro e das sombras, mas mesmo apesar de terem passado tantos meses, depois de tanto tempo olho para ti e vejo-te na mesma, percorres as ruas desta cidade sem destino sem norte ou direcção andas ao acaso por essas ruas que te vêem sujo e imundo rasgas a luz e transportas contigo as trevas e a noite escura envolve-te com as suas garras. Há quanto tempo não te via, posso dizer que em boa verdade por ti não nutria qualquer saudade, posso dizer que a tua visão é para mim quase doentio, um fardo que já entendi ter de carregar, posso em qualquer altura deitar-te nessas ruas onde perdes quem te ama, olho para ti e vejo-te sozinho, desnorteado porque perdeste mais uma vez a tua puta de pele clara, que quando se deita com os clientes do acaso só pensa em ti. Há tanto que não te via e tudo na tua miseravel vida mantém-se na mesma, nem uma virgula mudou esse teu rumo de trevas e escuridão, continuas a dormir nas ruas que vomitas, continuas a assustar quem por ti tem o infortúnio de passar, és o último vómito de uma geração decadente andas por aí sem rumo sem ninguém que te queira. Há tanto tempo sem te ver, e agora a luz apagou-se e tu de novo numa visão assustadora apareces à minha frente a feder e assustado como um menino que perdeu a mãe, no entanto és a última das bestas humanas que percorreram a terra trazendo as trevas na escuridão dos dias, olhas-me sem medo mas amedrontado como se eu fosse o único ser que te pode travar e render à realidade dos dias, só eu e essa puta que tu perdes-te de vista faz muito tempo que não sabes dela e isso assusta-te de uma maneira que tu não controlas assim como esse medo que tu não entendes ter por mim, estás tão assustado que não consegues olhar-me de frente, escondes a cara nas asas que te pendem das costas e escurecem o chão que pisas, e se as abres escondes nelas o sol que ilumina os dias dos outros que te vêem e te temem sem entenderem que és presa fácil de ti mesmo. O que é isso parece-me que sorris, não não é um sorriso é a tentativa de um que resulta num esgar de olhos, vês nas minhas costas a puta que perderas à dias, ela é quem te ampara as noites e te deita nuns braços fracos que te amparam as asas e te afagam os cabelos sebentos ela é a única que te consegue tocar sem receio só ela te entende vá lá saber-se como ou porquê.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Fervem as noites na solidão de um beijo, anseiam as mãos por uma companhia só entre os lençois frios, corre lenta a madrugada vómito de horas que se demoram na troca dos minutos e o tempo lá fora tão frio como aqui na distração que se encontra no tecto destas paredes isoladas do mundo, e a manhã não chega e o desespero por ela torna-se numa agoniante viagem sem retorno, o pensamento não desenvolve outras imagens a visão entedia revolve os intestinos e a mente pára, rebobina e volta atrás á tentativa de encontrar uma fuga, o vazio instala-se e a noite entra pelo corpo mas nada trás de novo, a solidão é igual a tantas outras solidões, pobres os que estão sós, indo pelo caminho mais longo procurando companhia e sempre sempre acabando de mãos vazias e olhos chorosos
Corre a noite entre lençois e os minutos não trazem as horas que se envolvem em mirabolantes desculpas para se atrasarem e nós presos no tempo desenvolvemos anti-corpos e passamos despercebidos aos olhos do outro que passa mesmo ali ao lado
A noite lá fora parece fria, a Lua vai tão alto como passaro negro que esvoaça distraido com as horas que não passam, quer lá bem ele saber para onde foram as horas ou de que elas são feitas

 
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