Fervem as noites na solidão de um beijo, anseiam as mãos por uma companhia só entre os lençois frios, corre lenta a madrugada vómito de horas que se demoram na troca dos minutos e o tempo lá fora tão frio como aqui na distração que se encontra no tecto destas paredes isoladas do mundo, e a manhã não chega e o desespero por ela torna-se numa agoniante viagem sem retorno, o pensamento não desenvolve outras imagens a visão entedia revolve os intestinos e a mente pára, rebobina e volta atrás á tentativa de encontrar uma fuga, o vazio instala-se e a noite entra pelo corpo mas nada trás de novo, a solidão é igual a tantas outras solidões, pobres os que estão sós, indo pelo caminho mais longo procurando companhia e sempre sempre acabando de mãos vazias e olhos chorosos
Corre a noite entre lençois e os minutos não trazem as horas que se envolvem em mirabolantes desculpas para se atrasarem e nós presos no tempo desenvolvemos anti-corpos e passamos despercebidos aos olhos do outro que passa mesmo ali ao lado
A noite lá fora parece fria, a Lua vai tão alto como passaro negro que esvoaça distraido com as horas que não passam, quer lá bem ele saber para onde foram as horas ou de que elas são feitas
sexta-feira, 21 de março de 2008
Postado por
White Night
às
09:45
0
comentários
Subscrever:
Comentários (Atom)

