Errando cada passo que dá, passa pela vida dos outros e deixa uma mortal ferida, uma fenda profunda que muito devagar vai deixando um rasto de doença, demência de sentidos
Passa devagar por um mundo de morte e fétidos cheiros, vestindo apenas uma capa negra, nos seus olhos pretos não há vida, os lábios nunca se abriram num sorriso, por muito leve que fosse, a vida sempre lhe foi madrasta e cedo aprendeu a lutar contra ela juntando-se-lhe na maléfica tarefa de maltratar e agonizar o mundo em seu redor
Por vezes exala dele um fétido cheiro a morte e tudo em que mexe fica inerte, muitas vezes num ponto de não retorno à vida, se não se pode fugir dele o melhor nestas alturas é não lhe dar o minimo de hipotese de cruzar com ele os olhos, basta olhá-lo nos olhos por vezes basta apenas vê-lo para que a dor e a agonia se apodere do corpo e a morte possa entrar pela retina e o mundo desaba e a demência instala-se nos sentidos e perde-se o rumo, ficando mais um errante pelas ruas da vida onde a vontade é-nos tirada e nunca mais devolvida
As suas mãos enormes agarram tudo o que se lhe aproxime à distancia do braço

