Erras pela noite perdido da mulher, a única que te ama, a que vende o corpo por raiva de não te ter e se perde na negrura dos dias arrastando os ossos perdidos nas vielas dos dias que perdes a olhar o futuro na tua morte anunciada na negrura das asas que te tapam a razão e toldam o pensamento toldado pelo vinho perdido nas veias dessa vitima que pobre se perdeu nas estações de metro na noite sem tempo.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Asas XVII
Erras pela noite perdido da mulher, a única que te ama, a que vende o corpo por raiva de não te ter e se perde na negrura dos dias arrastando os ossos perdidos nas vielas dos dias que perdes a olhar o futuro na tua morte anunciada na negrura das asas que te tapam a razão e toldam o pensamento toldado pelo vinho perdido nas veias dessa vitima que pobre se perdeu nas estações de metro na noite sem tempo.
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White Night
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terça-feira, 19 de março de 2013
Asas XVI
A vida vai passando minuto a minuto tu olhas para o lado e deixas para amanha o que bem podias dizer hoje, pareces ter medo de dar um murro na mesa e perderes tudo o que afinal não tens, os dias errantes as noites vagantes, os sonhos diurnos misturam-se com os pesadelos nocturnos numa tei
a que te tira o senso e o consenso, perdeste a aposta que fizeste contigo num jogo em que só tu podias ganhar ou perder, perdeste, não conseguiste fazer batota, e agora arrastas as asas negras pela negrura da noite, o corpo perdeu o sangue e as facadas que levas não sangram nem doiem são apenas mais uma mazela no corpo já moribundo, morto mesmo pelo correr dos anos, as lágrimas secaram no rosto mesmo antes de o atingirem, apenas as asas demonstram o teu estado de espirito.
Vociveras contra os outros os que nada te fizeram nem farão, gesticulas mandando para o caralho quem não te vê quem não te ouve, as tuas guerras são internas corroem o corpo para além das asas negras que atiras contra os teus fantasmas contra as pedras da calçada que te sustêm.
Ao longe parece-te veres o sinal que te vai levar a uma vida plena, a puta que te segura a mão não passa de imaginação, um fumo branco saído de uma chaminé longicua e fugaz, arrastas o corpo na sua direcção mas ela está noutro leito com outro homem a sussurrar-lhe o que ele quer ouvir porque lhe paga para isso, e tu errante nas horas que passam nem para um café tens dinheiro, sorrisos não ajudam e o empregado escurraça-te com desdém para fora do estabelecimento, assim como a vida te empurra para o abismo
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domingo, 16 de dezembro de 2012
Asas XV
As tuas asas perderam a força e agora vagueias no medo de perder a própria vida?
As ruas negras e escuras sentem a tua falta?
Vagueias por outras paragens?
És a morte escondida nas pedras da calçada, a tua voz rouca perde-se no barulho dos passos que correm nas ruas desertas, e a mulher que trazes nos braços jaz morta e cheira à podridão dos teus lábios.
Passam os anos e tu continuas a vaguar pelas ruas da tua solidão com um manto que te protege de olhar indiscretos as asas que à noite ergues sobre o mundo, continuas a perder-te no tempo em que a tua puta se perde entre os homens que odeia mas que ama por um punhado de moedas cheias de ódios e rancores, perdes a vida nas ruas por onde as multidões passam indiferentes à tua dor e aos teus gritos de compaixão. As asas que te protegem de noite estão a enfraquecer e não consegues sangue novo para te corrrer nas veias, para aquecer o teu corpo podre e sem vida,és a praga viva deste século, vagueias no tempo sem rumo, a tua descedencia não te conhece.
A morte atinge-te e a asas fecham-se sobre o teu corpo mas não protegem a tua alma empedernida e a mente atraiçoa-te no pior dos momentos e as lágrimas fogem de ti presas à cara escorrem para o chão e a dor de perder só para ti é visivel
As asas podem proteger o teu corpo mas são incapazes de proteger a tua alma negra e petreficada à séculos.
A tua morte não foi noticia de jornal, nem sentida por ninguém, aos olhos dos que te conseguem ver estás vivo, para os outros é uns vagabundo sem eira e mal cheiroso de quem todos se afastam
As tuas asas negras estão a perder a força de te proteger e o escudo que eram está fraco e deixa ver a tua marca profunda de grande magoa que o universo vincou em ti à nascença, és a escória de toda a humanidade, o fedor que emana de ti, do teu corpo, afasta o mais heroi dos mortais, és a morte feita homem, apenas essa pobre mulher te segue e ampara nos momerntos mais tristes da tua vida, apenas ela sabe o que te vai na alma.
Perdes o ciclo de vida dessa que te segue, esqueces os homens com quem ela sse deita, abraças o seu corpo e entras nela sem pensar, o calor do seu corpo é a única chama que te mantêm a alma quente, o cheiro a mil perfumes que o seu corpo exala confundem-se com o fedor do teu corpo dos teus lábios não sai uma palavra um som e as asas escondem os corpos presos num extase e levam-vos numa viagem por mundos e submundos de paixão e terror.
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terça-feira, 3 de julho de 2012
Epitáfio de um homem feliz
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segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Monstro
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terça-feira, 16 de novembro de 2010
Asas XIV
Voas na noite fugaz, persegues a idade da inocência e perdes a virgindade nas esquinas da vida, onde bebes o vinho destilado nos poços pestilentos onde se morre de febres, voas para além do mundo e perdes o tino na razão de morrer uma e outra vez, sem saberes a dor e o medo de se morrer, a razão de se sofrer
Voas para longe de ti, e a crianças que seguras nos braços, fruto de ti, sorri-te e tu perdido no voo espiral, olhas para ela e vês-te nos braços que são teus e seguram essa criança, e ela sorri e vê-te sua única segurança. és o braço forte que a prende à vida que ainda não sabe que é, és a certeza de estar sempre, sem que saiba o que isso é
Voas errante no mundo, agora sem ela, e sem lágrimas, sem sorrisos nem contradições, voas na busca dela, nunca a quiseste e não sabes que morreu, não te fugiu apenas morreu e deixou-te essa criança, perdeu para sempre o sabor amargo de viver a teu lado, e tu voas para longe de tudo, rodopias em ti, embalas-te nas asas que criaste, e essa criança que nos teus braços sorri sempre, é o amor que nunca sentiste, a raiva de ter de te perder para te ter de verdade
Voas na noite dos dias que criaste, escuros empedernidos na obscuridão sem fim, as asas que te prendem aos céus negros de ódios passados
Errante no teu pensar, não te apercebes do mal, da dor, da morte
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quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Asas XIII
Quem serão os cavaleiros de amanhã? por onde seguirão seus passos?quem os guiará pelas ruas do anoitecer?quem vai embalar as crianças sujas e ranhosas com a lágrima constantemente a cair por uns olhos expressivos que de tanto olhar caiem no vazio da tarde, e os carros velozes cruzam as ruas sem ver que tu parado de cócoras tomas notas no teu cérebro e fotografas cada passo cada cavalgada dessa criança que todas as outras representa
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White Night
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