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quarta-feira, 20 de março de 2013

Asas XVII

No vinho tinto de lágrimas soltas pelos olhos que te perderam a tua puta chora nos copos que perdido nos bares da noite sem horas bebes sem te dares conta, no vinho branco que sorves a cada trago sem perderes o tempo das chuvas das negras noites perdidas em ti sorves a morte daqueles que se serviram do corpo da tua puta que sem pudores se entregou aos prazeres dos beijos que tu lhe negasste, nas caricias perdidas no rolar dos ponteiros, o sangue que vertes nas lágrimas que secam na face sem cair dos olhos que destroiem o mundo bebes o suor da vida desse ser único que te pode ter amado
Erras pela noite perdido da mulher, a única que te ama, a que vende o corpo por raiva de não te ter e se perde na negrura dos dias arrastando os ossos perdidos nas vielas dos dias que perdes a olhar o futuro na tua morte anunciada na negrura das asas que te tapam a razão e toldam o pensamento toldado pelo vinho perdido nas veias dessa vitima que pobre se perdeu nas estações de metro na noite sem tempo.

terça-feira, 19 de março de 2013

Asas XVI

A vida corre à frente dos teus olhos e tu parado no tempo esperas por alguém que não aparece, como outros esperam por dom sebastião, és uma merda e sabes disso melhor que ninguém, erras pelas ruas olhando o que não podes ter e desdenhando o que querias ter, a vida trocou-te os passos e tu erras a cada um que dás, deambulas perdido no teu ser e dentro de ti perdes a esperança de te encontrares
A vida vai passando minuto a minuto tu olhas para o lado e deixas para amanha o que bem podias dizer hoje, pareces ter medo de dar um murro na mesa e perderes tudo o que afinal não tens, os dias errantes as noites vagantes, os sonhos diurnos misturam-se com os pesadelos nocturnos numa tei
a que te tira o senso e o consenso, perdeste a aposta que fizeste contigo num jogo em que só tu podias ganhar ou perder, perdeste, não conseguiste fazer batota, e agora arrastas as asas negras pela negrura da noite, o corpo perdeu o sangue e as facadas que levas não sangram nem doiem são apenas mais uma mazela no corpo já moribundo, morto mesmo pelo correr dos anos, as lágrimas secaram no rosto mesmo antes de o atingirem, apenas as asas demonstram o teu estado de espirito.
Vociveras contra os outros os que nada te fizeram nem farão, gesticulas mandando para o caralho quem não te vê quem não te ouve, as tuas guerras são internas corroem o corpo para além das asas negras que atiras contra os teus fantasmas contra as pedras da calçada que te sustêm.
Ao longe parece-te veres o sinal que te vai levar a uma vida plena, a puta que te segura a mão não passa de imaginação, um fumo branco saído de uma chaminé longicua e fugaz, arrastas o corpo na sua direcção mas ela está noutro leito com outro homem a sussurrar-lhe o que ele quer ouvir porque lhe paga para isso, e tu errante nas horas que passam nem para um café tens dinheiro, sorrisos não ajudam e o empregado escurraça-te com desdém para fora do estabelecimento, assim como a vida te empurra para o abismo

 
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