Estava decidido, não passava desse fim-de-semana. A decisão tornara-se clara, nada havia que o demovesse dela. Para quê continuar aquela maratona, doía-lhe o corpo, e mais que o corpo doía-lhe a alma, o espírito, não valia a pena perseguir naquele caminho que não o levava a lado nenhum.
Segunda-feira saíra do emprego completamente vazio, a manhã tinha sido exausta, estivera desatento durante todo o tempo que passara na empresa, não ouvira fosse o que fosse, as conversas tivera-as por pura simpatia, não guardara nada do que fora dito, apenas uma ideia o assaltava, tinha de dar um novo rumo à vida, não podia continuar a viver como até agora. Ao dirigir-se para o carro era como se fosse um autómato olhava sem ver, estava mecanizado e sabia-o, entrou na viatura o motor roncou e começou a andar, rolava pela estrada lentamente, tinha vida própria dirigia-se para o local de sempre, e ele estava decidido a não voltar, precisava de ar, precisava de paz, e não era naquele lugar que iria encontrar o que há tanto tempo necessitava, sossego. Num gesto decidido parou o carro na estação de serviço, entrou no café pegou uma chávena de café e sentou-se numa mesa a olhar a estrada cheia de apressados que iam e vinham como carreiros de formigas, um avião despertou-lhe a atenção, acordou-o para logo o deixar pensativo, para o deixar regressar ao balanço que, o balanço de uma vida.
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Decisoes
Postado por
White Night
às
15:50
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1 comentário:
Fica a pergunta: Que decião tomou este homem?
Este homem que se colocou como um astrónomo a observar o universo dos outros, para melhor compreender o seu.
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