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segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Perdido no tempo vazio III

A chuva teimosa chorava em lágrimas grossas, parecia que o céu estava tentado em afogar a terra com todo aquele desabar de agua, ele lia o jornal que adquirira na papelaria da estação de serviço, o café estava frio assim como o ar que se respirava lá fora, e o que é que isso lhe interessava, as noticias do jornal eram as mesmas de sempre apenas mudavam os personagens, a guerra não parara por sua causa e num pais qualquer todos continuavam aos tiros.
Lá fora o tempo teimava em derramar as lágrimas sofridas, ele olhava pela janela, carros apressados passavam rápidos na auto-estrada, gente desinteressante continuava sentada ao seu redor a olha-lo como se ele fosse animal em cativeiro, e ele apenas tinha nas faces a dor de ter chorado como o dia, os cabelos pendiam molhados, a roupa estava desalinhada, há quantos dias tinha vestido aquelas calças e aquela camisa, não se lembrava mas não podia ter sido há muito, lembrava-se de ter tomado banho pela manha antes de sair para aquela aventura, os olhos cavados liam, ou faziam que liam, a noticia de um acidente espectacular num viaduto em que teriam perdido a vida quatro pessoas, porquê estranhar este tipo de coisas as pessoas correm sem ter noção do perigo onde se vão encontrar.
Que porcaria, nada de novo no mundo, a não ser esta chuva que afoga o campo
E ele continuava a olhar pela janela e as pessoas a olhá-lo como se de um animal se tratasse.

1 comentário:

Alberto Mendes disse...

Esta personagem merece um pouco mais.
Conseguiu cativar a minha atenção.
Eu quero um princípio para este pessoa, quero continuidade através destes momentos...
Esta personagem perdida no tempo vazio, precisa do seu próprio espaço. (um romance contado me capítulos bloguiais)
Ainda inventamos a pólvora um destes dias!

 
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